segunda-feira, 27 de agosto de 2007

BizTECH >>> Plástico programável...

A maioria dos objetos na natureza é "pré-programada" para assumir seu formato. Uma flor, por exemplo, não depende de nenhum molde externo para assumir seu aspecto, ao mesmo tempo belo, delicado e imensamente complexo. Será que o homem conseguiria imitar essa técnica, criando objetos complexos a partir, por exemplo, de simples folhas planas de um material qualquer?

A resposta é sim, pelo menos na opinião da equipe do Dr. Eran Sharon, da Universidade Hebraica, em Israel. Ele e seus colegas Yael Klein e Efi Efrati conseguiram pela primeira vez programar folhas plásticas para que elas assumissem por si sós, sem a necessidade de moldes, formatos pré-programados bastantes complexos.

Eles demonstraram sua técnica transformando discos feitos de um polímero com a textura de um gel em domos, selas e até em um sombrero, um típico chapéu mexicano. Esse controle programável de formato em um material flexível poderá ter aplicações que vão da óptica até a biomedicina.

As folhas mudam de formato porque o gel - uma teia de moléculas entrelaçadas de polímeros - se encolhe a temperaturas acima de 33 graus Celsius. A dimensão do encolhimento depende da densidade local do polímero.

Quando a densidade varia ao longo do disco, a folha se entorta para aliviar a pressão causada pelo encolhimento irregular. Os pesquisadores variaram a densidade nas diversas regiões de cada disco para que cada um produzisse o formato que eles desejavam. O processo de programação já foi automatizado.

O princípio, que é o mesmo que explica o formato característico das batatas chips, é chamado de geometria diferencial. A capacidade de criar objetos que se estruturam espontaneamente no formato desejado deverá ter grande impacto em diversos processos industriais, da fabricação de brinquedos à criação de dispositivos biomédicos, que poderão ser ativados com o calor do corpo humano.

Muito interessante, não é? Vi essa matéria em Inovação Tecnológica e postei aqui...

Teh mais

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