vai permitir aprendizado e interação dos robôs humanóides
Cientistas europeus estão tentando levar a inteligência artificial a um novo nível: eles estão construindo um cerebelo artificial. O cerebelo é a região do sistema nervoso que coordena todo o nosso aparelho motor e contém os receptores dos nossos sentidos.
Um cerebelo artificial deverá não apenas permitir que os andróides - ou robôs humanóides - desempenhem sozinhos tarefas similares às que são feitas instintivamente pelos humanos, como também ajudará na pesquisa para o tratamento dos aspectos cognitivos de doenças como os males de Alzheimer e Parkinson.
A pesquisa é multidisciplinar e reúne cientistas das Universidades de Granada (Espanha), Edinburgo (Alemanha), Paris (França) e Israel, além da empresa Sony e do Centro Aeroespacial Alemão.
O projeto, chamado Sensopac, é uma continuação de um outro projeto chamado SpikeForce, no qual engenheiros eletrônicos, físicos e neurocientistas desenvolveram robôs capazes de se mover como animais e perceber uma quantidade significativa de sinais motores e sensoriais para formar noções cognitivas.
O cerebelo artificial exigiu a criação de microchips dedicados, que incorporam um sistema neuronal completo. O circuito artificial imita a estrutura cerebelar do sistema nervoso humano.
Quando for instalado em um robô, o cerebelo artificial permitirá que o andróide manipule objetos e interaja com todo o seu ambiente, inclusive com pessoas. Se não de forma "quase humana", mas pelo menos de uma forma muito mais natural do que acontece com os robôs hoje, que devem ser cuidadosamente programados para cada tarefa em particular.
O cerebelo controla nossas funções cognitivas - ou de aprendizado - como a atenção, o processamento da linguagem, nossa percepção da música e até mesmo a abstração de outros estímulos sensores, como a noção do tempo, por exemplo.
"Embora os robôs estejam se tornando cada vez mais importantes em nossa sociedade e tenham uma tecnologia mais avançada, eles não podem ainda fazer certas tarefas como as que são feitas pelos mamíferos. O aprendizado contínuo em tempo real continua sendo um problema," diz o coordenador da pesquisa, professor Eduardo Ros Vidal.
"Embora nós estejamos ouvindo falar sobre robôs humanóides há anos, nós ainda não os vemos na rua ou usando as possibilidades ilimitadas que eles nos oferecem," diz Vidal.
O objetivo do Projeto Sensopac é justamente dar um empurrão nesse sentido, permitindo que os robôs humanóides deixem de ser curiosidades técnicas em feiras e em filmes do YouTube, para se tornar um componente integrante de nossa vida diária.
O próximo passo dos pesquisadores é criar uma pele artificial para os robôs, tanto para lhes dar um aspecto mais humano, quanto para criar um sistema sensorial parecido com o nosso.
Essa matéria eu encontrei no site Inovação Tecnológica e postei aqui porque gosto muito de robótica... e como comentado anteriormente se a Sony ainda estaria a frente das pesquisas sobre humanóides, a resposta parece que é sim, não é verdade. Talvez esteja até passando a Honda.
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