O professor Josh Bongard, da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, pertence ao time dos que acreditam que já temos ferramentas que nos permitem arriscar um pouco mais, e construir robôs que possam ser mais produtivos, explorando uma área muito maior em menos tempo.
Ao invés de dotar seus robôs com sofisticados sistemas de visão artificial, ele está construindo um software de controle que dá aos seus rovers um capacidade de "imaginar a si próprio" inserido no ambiente que ele deve explorar.
Talvez mais importante do que essa capacidade de se localizar, o programa de inteligência artificial dá ao robô uma espécie de sentido de curiosidade.
Inicialmente o robô faz uma varredura do ambiente ao seu redor, colhendo dados por meio de dois sensores comuns, capazes de detectar a inclinação do terreno. A partir dessa informação inicial, ele constrói 15 cenários possíveis para descrever o ambiente ao seu redor.
Os 15 modelos são então combinados e o robô identifica a direção na qual os modelos mais variam. Essa variação nos modelos significa que os dados são insuficientes para se ter uma idéia precisa daquele local. Os projetistas e controladores das missões tradicionais fariam com que seus robôs fugissem rapidamente desse terreno incerto.
Mas o robô curioso do Dr. Bongard faz justamente o contrário. Ele caminha automaticamente nessa direção, procurando explorá-la e conhecer mais a seu respeito a fim de construir um modelo mais preciso.
O robô curioso é, por enquanto, basicamente virtual e está sendo aprimorado em simuladores. A seguir ele será avaliado dando inteligência ao robô adaptativo criado pela mesma equipe de pesquisadores, que é visto na foto. No futuro ele poderá então receber os aparatos normais de visão artificial, melhorando ainda mais seu desempenho e equipando-o com um sistema de segurança.
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